A lucidez de um certo castelo
Quando a solidão não cabia mais
Quando a solteirisse não lhe era mais capaz
De acalentar suas noites "livres"
Um dia ele resolve sair e flutuar
Flutuar em seu ego amigo de sempre
Que não quis responder ao seu pedido
De repente tudo a sua
volta parecia estranho
Estranho e perfeito, perfeito demais
Os móveis com cheirinho de novos
Encaixados simetricamente a seu gosto
Exalavam perfume de
solidão
E os pensamentos egoístas da juventude
Nessa noite disseram adeus
Repentinamente uma tela se abriu
E ele solitariamente se viu
Construtor de sonhos antigos
E perdedor de amores amigos
Tudo fez sentido tanto tempo
Mas apenas naquele momento
Nada mais fazia sentido
Correra para ver o brilho do sol
Que tantas vezes resplandeceu o seu próprio
A solidão antiga que o acompanhava
Agora se tornara inimiga
E apenas o simples que nunca se permitiu
Batia em seus olhos naquele instante
E o amor que nunca teve na vida
Lhe rodeava por todos os lados
Buscou responder com audácia
Audácia embebecida de orgulho
Todos os bens advindos do triunfo
Que o faziam tão nobre e puro
E o calor das mãos dos casais
E os fogos visto por abraços
A pipoca alegremente compartilhada
Era o que lhe provocava os ais
Que o sufocavam sem espaço.
Foi a coragem que lhe faltou
Foi o medo que lhe possuiu
Foi o conselho que lhe partiu a esperança
De se lançar e
atravessar o rio
Rio dos risos e dos prantos, da humanidade
Foi sua contida nobreza guardada
Que o impediu da felicidade
Não sabia em que tempo estava
Mas o tempo sempre foi amigo
Dessa vez fez questão de dizer a si mesmo
Não importar o tempo atrasado da lucidez
Construir muralhas fortemente edificadas
Ter um reino, coroa e
um belo jardim
Olhar para si e poder contemplar
O belo castelo exibindo firmeza
Chegar ao nobre fim
da juventude
Não poder levá-l a às rosas do jardim
E não ter ninguém para chamar de princesa.
Marcmel.
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