Hoje, 15 de Janeiro de 2013. Depois de tanto tempo sem escrever resolvi hoje me debruçar sobre os textos e compartilhar neste espaço. Há um provérbio que diz que a boca fala do que está cheio o coração, na verdade, foi Jesus quem disse isso, e se não me falha a memória está escrito em João 15, a tradição dos anciãos. Enfim, o que quero dizer com o provérbio é que nossa boca vai externar aquilo que temos cultivado no coração. Se cultivamos amor, vamos falar quase que boa parte de nosso tempo, sobre amor. Se está cheio o coração de rancor, vamos inconsequentemente nos lamentarmos a maior parte do tempo. Se está cheio de emoções, hora ou outra elas vão dar o ar da graça, de uma forma ou outra. A mesma situação é com a poesia, não se escreve de uma hora pra outra, se externa aquilo que está profundamente abastecido. Se, guardamos emoções, ou se a vivemos intensamente, elas de alguma forma precisam ser mostradas, por essa razão é que escrevo, que compartilho, que externo...Por que os professores insistem tanto que os alunos desenvolvam o hábito de leitura? Porque sabem da verdade que essa leitura volta, volta nas palavras, nos escritos, na vida. O coração vai externar, por mais demorado que seja, aquilo que a mente cultivou, com ou sem intenção.
Bem, hoje quero registrar mais um dos meu princípios de poemas, vamos lá!
Desejo Meu
Um dia hei de escrever
Um poema que não doa
De um pássaro que voa
Sem medo do infinito.
Um dia hei de escrever
Uma canção que não machuque
Que me lembre coisas boas
E que fique aqui comigo.
Um dia hei de escrever
O próprio livramento
Das ilusões que criei
E por fim terei abrigo.
Marcmel.
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